because someday i'll be somewhere over the rainbow,
faraway, in the dazzling starlight colors,
surronded by an infinity of dreams,
so far, far, far away...
Perdida por entre o labirinto de sonhos, chorava... Queria ser achada, queria se encontrar, enquanto caminhava descalça por entre aquelas silenciosas paredes inescrutáveis, que pareciam conter a história da humanidade. Como sonhar depois daquilo? Como sonhar depois de ver tanto horror e dor inescrutáveis? Como se manter impassível depois de tanta ironia escarninha do homem e do destino? Sentia o rosto arder, as lágrimas de rubis vermelhos escorrendo, machucando-a enquanto resistia, forte e firme como uma madeira flexível durante uma tempestade. Caminhava sobre as pedras que cortavam seus pés de veludo, as fitas presas a seus cabelos, esvoaçando. A porta do destino, finalmente, uma luz forte e brilhante. A abre. E finalmente descobre tudo o que deveria ter descoberto por entre as paredes perdidas de memórias e tristezas do interminável labirinto. Sente algo cálido de encontro a sua pele, estava de novo em seu quarto, a janela aberta inundava o local de luz amarela, a felicidade invadindo-a com cuidado. Ela era a única capaz de deixá-la entrar, a escolha era dela. O que era realmente importante, a luz que nascia no âmago dos crentes, a capacidade de sonhar, envolta, mesmo em meio ao horror e a guerra, pela a esperança que a protegia, uma bolha de sabão delicada esperando para poder se romper. Tinha o poder de sonhar e acreditar, não importando a situação. A morte era a incapacidade de acreditar. Sorri, sentindo suas lágrimas, agora simples água salgada. Nunca mais fecharia sua janela.